terça-feira, 22 de junho de 2010

A sofreguidão dos espíritos rebeldes...

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Possuímos espíritos rebeldes adormecidos nas almofadas da necessidade em continuarmos tocando nossa second life onde dissimulamos para continuar jogando...

Na brincadeira do dia-a-dia imposto pela patroa mãe gentil abrimos mão de ideais que poderiam transformar nossa passagem por aqui em um novo sentido para preparar um mundo melhor para nossos descendentes...

Somos egoístas...

Covardes...

E...

Mudos...

Não deveríamos permitir debochados políticos ladrões; safados assassinos desgraçados; idiotas pastores 171 e imbecis padres pedófilos fazerem pose de conquistadores baratos com seus discursos de inflexão irritante preparados por ghost writter, transcritos da Bíblia ou declamados por advogados rastejantes conhecedores dos descaminhos da Lei arregimentados a peso de ouro furtado para nos mostrarem vangloriados que o Judiciário não presta prá nada...

A história atual brasileira esta recriando uma nova moral imoral atendendo pervertidos sociopatas que tiveram habilidade de posicionarem-se no topo da pirâmide social...

Valores subvertidos ao sabor da ocasião...

Impossível explicar para nosso filho deitado ao lado, vendo o Jornal da Noite, que aquilo tudo não deva ser imitado...

Ele nos achará um trouxa ultrapassado...

Um otário sonhador...

Por vezes, dá vontade de passar a gastar frases e reticências para proveito próprio em conselhos de auto-ajuda e discurso de salvação ecológica com retorno assegurado...

Tempos entrevistei um dono de funerária da Rua Mem de Sá e postei por aqui...

Fiquei perplexo em entrar pela primeira vez num lugar destes, mas necessário para entrevistar o papa-defunto...

Quando percebi que ele começara a ter dificuldades de explicação sobre seu ofício, saltei em seu socorro:

- Alguém tem que executar seu trabalho...

É por aí...

Já que infelizmente existem cadáveres insepultados...

Alguém tem que fazer o reconhecimento antes da cremação e cinzas arremassadas ao sabor do vento da impunidade...

Sempre haverá alguém...

Até que todos sejam cooptados para se tornarem a voz do dono...

Não restando mais nenhum dono da voz...

Nenhum...




Jorge Schweitzer




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