Procon e Cueca Trifil...

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Pobre quando faz aniversário sempre ganha cuecas, meias, perfume Avon ou Jequití...

É padrão...

Agora, caso tenha um irmão com cargo importante por aí voce faz uma média e compra uma caneta Mont Blanc ou gravata Hermes...

Lógico...

Quer dizer nem todo mundo tem esta percepção...

Tem gente que não deixa de ser pobre nem se acertar na mega sozinho...

Tipo assim:

Voce pode sair da lama, difícil é a lama sair de voce...

Vamos aos fatos, como diria o locutor da Patrulha da Cidade...

Dia 26/12 houve um aniversário em Nilópolis...

Nossa personagem, que não posso identificá-la, parte em direção a Lojas Americanas para comprar um presente...

Na realidade pobre desenvolveu uma nova tática em relação a meia e cueca como regalo...

Compra logo um saco inteiro com meia duzia, que invariavelmente está em promoção naquelas bancadas que ficam no meio do corredor...

Comprou tamanho M talvez recordando da época da adolescência de seu irmão...

O irmão já usa GG há décadas...

Nossa personagem retorna a Americanas para trocar a peça...

Negativo, peças íntimas não são trocadas jamais...

Nossa personagem recebe uma entidade de encosto que lhe impõe incorporar uma barraqueira de novela das 7...

Rapá, só faltou o charuto e o marafo...

Dizem que parou a Avenida Mirandela...

Foi aglomerando tanto gente que apareceu até vendedor de biscoito Globo aproveitando o engarrafamento que ia até o outro lado da Estação...

Ainda procurei entrevistar a moça incorporada:

- Tudo em razão de uma prosaica cueca?

- Não, Assombração, eram seis cuecas boxer da marca Trifil. Escutou? TRIFIL?

Pensei em sugerir que ela doe as seis cuecas para vítima de enchentee e compre tamanho XXXLG...

Negativo, ela está guardando as peças como provas para entrar no Procon...

Ela acha que irá acabar com as Americanas...

Não duvidem...

Ela quase acabou com a Casa & Vídeo...

Lembram quando os irmãos da Casa & Vídeo foram presos?

Foi ela...

Dias antes minha personagem esteve numa loja tentando trocar um ferro de passar que apresentou defeito e não foi atendida...

Foi prá frente da loja; botou as duas mãos nas cadeiras e ficou belengueando os quadris:

- Ah ééé? Ah ééé? Ah ééé?

Deu no que deu...

Quero morrer amigo desta dona...

Credo em cruz...




Jorge Schweitzer