sábado, 30 de abril de 2011

Falsa psicóloga, Beatriz da Silva Cunha, fez família de menino normal pensar que ele tinha síndrome

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Menino Gabriel entre os pais em sua festa de aniversário






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A falsa psicóloga, que atendia crianças com autismo e foi presa em flagrante na quarta-feira (28), mexeu com a vida de várias pessoas e abalou de maneira severa a trajetória da família da ex-secretária Bianca Jardim Couto, de 30 anos, mãe de Gabriel, um dos pacientes tratados pela acusada Beatriz Cunha.

O menino, que hoje tem três anos e leva uma vida normal, apresentou sintomas da doença em 2009.


Ele não falava e enfileirava carrinhos, sinais considerados comuns em crianças autistas.

Foi então que a lábia da falsa psicóloga, que atendia em Botafogo, na zona sul do Rio, falou mais alto e foi capaz até de invalidar exames feitos com a mais alta tecnologia. Os pais de Gabriel entraram em desespero e depositaram na falsária a esperança de melhora do menino, como contou Bianca.

- Essa mulher acabou com a minha vida, com a minha saúde mental. Entrei em depressão, larguei meu emprego, parei de estudar. Ela disse que o meu filho era autista. Meu mundo caiu. Fizemos os exames e os resultados não indicaram nada. Mesmo assim ela afirmou que o Gabriel tinha o problema e nos convenceu a começar o tratamento.

A família de classe média se viu sem saída.


Como Bianca afirmou, estava em jogo a vida de seu "bem mais precioso".

Por isso, a solução para arcar com a primeira avaliação (R$ 600) e o tratamento (R$ 1.800 por mês) foi pedir doação a parentes e amigos.

- Nós ficamos assustados, mas tínhamos de tratar. Pedimos dinheiro para todo mundo. Ele era atendido duas vezes por semana, mas depois de quatro meses, vimos que a situação do meu filho era a mesma. Percebemos que havia algo estranho, pois o Gabriel estava igual e, além disso, ela não queria dar recibo e pedia que a gente entregasse o dinheiro na mão dela.

Bianca conta também que o tratamento que eles pagavam não era e que uma mãe desembolsava R$ 9.500 por mês.

O estalo que fez acordar os pais de Gabriel aconteceu como salvação.


A falsa psicóloga foi trocada por uma fonoaudióloga.

Segundo Bianca, em menos de um mês, a criança começou a falar e rapidamente parou até de enfileirar carrinhos.

Em nova consulta com uma psicóloga, dessa vez uma que tinha o registro no CRP (Conselho Regional de Psicologia) válido, foi constatado que o menino não tinha qualquer sinal de autismo.

- Hoje, o Gabriel fala pelos cotovelos. Aquela mulher quase acabou com a gente, mas ainda bem que conseguimos agir logo. Uma outra profissional o avaliou e disse que ele não passava nem perto de ter autismo.

Com o tempo, a família retomou, aos poucos, seu rumo.


Mas, em dezembro do ano passado, Bianca descobriu um câncer linfático.

Ela diz acreditar que a doença é fruto dos traumas causados pela falsa psicóloga.

- Os médicos me disseram que o aborrecimento que eu passei pode ter influenciado na minha doença. Repito, essa mulher acabou comigo.

Bianca contou que há cerca de um ano não ouvia falar de Beatriz Cunha, até que se surpreendeu quando soube que a falsa psicóloga havia sido presa.


A sensação, de acordo com ela, foi de alívio.

- Agora ela tem de pagar por isso, pois me prejudicou e prejudicou muita gente. Ainda quero entrar com um processo contra ela.

Ressarcimento aos pais


O delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, titular da Decon (Delegacia do Consumidor), onde o caso foi registrado, informou que ainda irá investigar a vida da suspeita para que possa, então, pedir o sequestro dos bens.

De acordo com ele, seria a maneira de ressarcir os pais dos pacientes.

- Estamos verificando ainda algumas coisas. Sequer sabemos quais são os bens dela. Esse é o jeito de pagar aos pais.

Autismo

Segundo a AMA (Associação de Amigos do Autista), o autismo é uma inadequação no desenvolvimento, que se manifesta de maneira grave durante toda a vida, mas que aparece, tipicamente, nos primeiros anos de vida.

A síndrome atinge, em média, de duas a cinco crianças em cada 10 mil nascidos, e é de duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

É encontrado em todo mundo e em famílias de toda configuração racial, ética e social.

Normalmente, o autista se comporta como se as outras pessoas não existissem, rejeitam o contato físico e olham através das pessoas como se elas não estivessem presentes.

O diagnóstico é clínico e deve ser dado por um profissional treinado, capaz de, através da observação e entrevista com pais e pacientes, identificar sinais e sintomas peculiares.


Fonte: R7.com


PS: A Justiça tem que pegar pesado com psicopatas, não tem que haver meio termo; tem dilapidar o deformado física e monetariamente: jaula e ressarcimento. O que esta imbecil fez é de uma crueldade sem limites. Ela destruiu famílias e não armazenou nenhum sentimento de culpa. JS















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