sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Caso Juan => Novo exame confirma que o cadáver exumado é de Juan de Moraes que será novamente sepultado nesta sexta feira (28/10/11)

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Corpo do menino Juan será enterrado nesta sexta-feira
Sepultamento acontecerá no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada.
Criança de 11 anos morreu ao ser baleada na comunidade Danon.
Do G1 RJ

Após a confirmação da identificação do cadáver, o corpo do menino Juan será novamente enterrado na manhã desta sexta-feira (28) no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, o enterro está previsto para as 11h.

Nesta quinta-feira (27), a Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que o corpo exumado no dia 17 de agosto, no Cemitério de Nova Iguaçu, era do menino Juan Moraes, de 11 anos.

Na noite do dia 20 de junho, Juan vinha da casa de um amigo com o irmão de 14 anos, quando foi atingido na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O irmão e outro jovem, de 19 anos, ficaram feridos. O corpo da vítima foi encontrado nas proximidades do Rio Botas, dias depois e identificado inicialmente por uma perita no local como sendo o corpo de uma menina. Quatro policiais militares são suspeitos de envolvimento no crime.

De acordo com a Defensoria, foram realizados novos exames de tipagem genética por DNA, cadavérico e antropológico, a pedido do defensor público Antonio Carlos Oliveira, que representa o PM Edilberto Barros do Nascimento, um dos quatro policiais militares presos suspeitos da morte de Juan.

De acordo com a defensoria, os novos exames confirmaram graves contradições técnicas periciais e distorções ocorridas durante o inquérito policial, que serão questionadas judicialmente a partir da próxima semana.

Ainda segundo a defensoria, o que se pode concluir é que não há mais necessidade de permanência do cadáver de Juan Moraes Neves na sede do IML do Rio de Janeiro, podendo ser providenciado o novo sepultamento.

Os irmãos e pais de Juan foram inseridos no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAM), da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.


O corpo foi exumado em 17 de agosto. A amostras do material foram encaminhadas a três laboratórios diferentes, sendo que o resultado foi adiado duas vezes pela não apresentação dos pais.

Estado estuda indenizar família
O governo do estado do Rio de Janeiro quer indenizar em R$ 200 mil a família do menino Juan Moraes. A informação foi confirmada pela assessoria do governo, no dia 17 de setembro.

De acordo com a assessoria, antes de a Justiça definir os responsáveis pelo crime, o governador Sérgio Cabral autorizou o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, a dar andamento no processo. No entanto, a assessoria não tem informações de quando o valor será liberado.

Prisão decretada
No dia 16 de setembro, a Justiça decretou a prisão preventiva dos quatro policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do menino Juan. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, aceitou o pedido de denúncia do Ministério Público. Os policiais estão presos temporariamente desde o dia 21 de julho.

O MP ofereceu denúncia aos PMs por dois homicídios duplamente qualificados (a morte do garoto e de um suposto traficante) e por duas tentativas de homicídio também duplamente qualificado (do irmão de Juan, e de um jovem de 19 anos).

Na denúncia, o MP-RJ pediu, ainda, que o Instituto Médico Legal (IML) apresente, no prazo de 72 horas, os originais dos laudos de necropsia e do laudo de exame de DNA do menino Juan. Além disso, as promotoras também pediram para que todas as operadoras de telefonia informassem os dados do usuário responsável pelo número de celular que entrou em contato com os PMs no dia do crime.

Polícia conclui inquérito
Já no dia 14 de setembro, o delegado Ricardo Barbosa, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações, informou que concluiu o inquérito sobre a morte do menino e enviou à Justiça pedindo a decretação da prisão preventiva dos quatro PMs.


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