quarta-feira, 4 de abril de 2012

Carlinhos Cachoeira e o gabinete do governador Marconi Perillo






Relatório da Polícia Federal mostra que a chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), recebeu do empresário Carlinhos Cachoeira informações sigilosas de operações policiais, informa reportagem de Fernando Mello, Filipe Coutinho e Leandro Colon, publicada na Folha desta quarta-feira.

Segundo o Ministério Público Federal, as informações foram repassadas para envolvidos, o que prejudicou as investigações.

Eliane Pinheiro, que continua a ocupar o cargo de confiança no governo de Perillo, recebeu informações de Cachoeira e avisou um prefeito que ele era alvo da Operação Apate, segundo a polícia. A operação investigou, em 2011, fraudes tributárias em prefeituras do interior goiano.

Ela negou envolvimento no vazamentos de informações. Disse que não avisou o prefeito e que os telefonemas grampeados pela Polícia Federal e o envolvimento dela na investigação estão errados: "Trata-se de outra pessoa", disse.

Cachoeira foi preso pela PF em fevereiro na Operação Monte Carlos, que investiga a exploração de jogos ilegais.

2 comentários:

  1. Escândalo Demóstenes-Cachoeira expõe Brasil comAinda estou caminhando entre o hospital e a minha residência quando um amigo argentino, que também é jornalista, liga-me no celular e pergunta se é verdade que a tal revista publicou todas aquelas matérias contra o governo usando informações da quadrilha de Goiás, e revela que a imprensa internacional só espera a confirmação dessas informações para divulgá-las.

    Para a nossa imprensa seria mais fácil. Os relatórios da Polícia Federal e o próprio inquérito que está na Justiça sobre a operação Monte Carlo permitem comprovar tudo. Porém, a imprensa brasileira fatalmente será furada pela estrangeira, pois as provas contra a tal revista são escandalosas.

    Quando a imprensa internacional começar a discutir esse assunto, o mundo saberá que as instituições se mobilizaram para investigar denúncias que aquela revista publicou e que se originaram de uma quadrilha de criminosos (!) com a qual a tal publicação mantinha estreita relação. Também saberá que tais denúncias consumiram recursos públicos e nenhuma foi comprovada.

    Detalhe: refiro-me às denúncias contra o governo federal que a revista fez baseada em informações da quadrilha que está no xilindró e que, nos grampos da Polícia Federal, os bandidos dizem que foram “todas” fornecidas por eles mesmos.

    O que o mundo dirá do Brasil? O que você diria de um país que coloca polícia, toda a grande imprensa, a Procuradoria da República e até o Judiciário para correrem atrás de denúncias feitas por bandidos de forma a distraírem essas autoridades das próprias atividades criminosas? Você, leitor, não sei, mas eu diria que é um país de otários.
    o país de otários

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  2. Primeiramente, descubro que não preciso mais da imprensa porque foi só de ontem para hoje que jornais como Folha de São Paulo e O Globo deram uma notícia da qual eu tomara conhecimento há quase uma semana: o governador de Goiás, Marconi Perillo, está envolvido no escândalo em tela.

    Diálogos de assessores diretos do governador com o bicheiro Carlinhos Cachoeira que este blog e ao menos outros dois publicaram no meio da tarde do dia 29 último – portanto, há seis dias – através da reprodução do inquérito da Justiça sobre a Operação Monte Carlo já davam, então, acesso ao material que aqueles jornais parecem só ter notado na terça-feira (3) e que só realçaram em suas páginas na quarta (4).

    Ainda não chegou à grande mídia outra notícia estupefaciente (venho querendo usar o adjetivo há dias, porque me surgiu do nada na cabeça). A maior revista semanal do país, a qual ganhou fama por publicar escândalos políticos, empreendeu uma epopéia denuncista contra um só lado do espectro político ao longo da década passada valendo-se de relações permanentes e profundas com uma quadrilha que se encontra (quase) toda presa

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