segunda-feira, 23 de abril de 2012

Celular de jovens desaparecidos parou de funcionar entre São Mateus e Pedro Canário








Eduardo Santos

Os telefones celulares dos cinco universitários desaparecidos após saírem em viagem rumo a Prado, na Bahia, pararam de funcionar quase que simultaneamente, entre os municípios de São Mateus e Pedro Canário, na noite de sexta-feira, segundo o delegado Danilo Bahiense, superintendente de Polícia do Interior, que está atuando na investigação do caso.

“Os telefones pararam de funcionar praticamente ao mesmo tempo. Não descartamos nenhuma hipótese. Pode ter acontecido um acidente ou assalto. Temos outra linha que está sendo apurada, mas qualquer comentário sobre isso pode atrapalhar as apurações”, afirmou.

Danilo Bahiense informou ainda que a investigação recebeu apoio de dois delegados da Bahia. “Nós fizemos buscas por terra. Nesta terça-feira, vamos passar a contar com o apoio de um helicóptero. É uma área muita extensa, com matas. Por isso, teremos ajuda da aeronave”, salienta o delegado.

O delegado afirmou ainda que o namorado de uma das universitárias desaparecidas prestou depoimento nesta segunda-feira. “Ele não acrescentou nada além daquilo que já havia falado. O rapaz disse que brigou com a namorada, que pediu que ele não fosse à festa em Prado, na Bahia”, finaliza Bahiense.

O desaparecimento

Rosaflor Oliveira Chacon, Amanda Oliveira, Marllonn Amaral, Izadora Ribeiro e Andre Galão estavam em um veículo Fiat Punto de cor bege, com placas ODC-6985, quando desapareceram de forma misteriosa após saírem em viagem rumo a Prado, na Bahia. Há informações de que o grupo teria sido visto pela última vez em uma cidade do estado da Bahia.

De acordo com informações que estão sendo apuradas na Delegacia de Crimes Contra a Vida de São Mateus, um carro teria sido visto abandonado em uma praia chamada Costa Dourada, na Bahia. Policiais se dirigiram ao local para verificar se pode ser o veículo em que estavam os jovens desaparecidos.

“Nós conseguimos verificar que o último local onde os estudantes foram vistos foi em Itabatã, na Bahia. Estamos averiguando todas as hipóteses, fui informado agora que um helicóptero está indo para o local. Pessoas estão sendo ouvidas aqui no DPJ e a gente vai fazer tudo que for possível para esclarecer todos esses fatos e trazer esses esclarecimentos para a sociedade capixaba”, afirmou o delegado Janderson Lube.

O grupo participaria da festa em comemoração ao aniversário da mãe de Izadora. “Eles estavam programando essa viagem há uma semana. Era meu aniversário e todos queriam estar lá em Prado, mas infelizmente, a gente aguardou, a hora foi passando, e a gente viu que alguma coisa de errado tinha acontecido”, disse Doralice Ribeiro.

Para a mãe de Izadora, a possibilidade de os jovens terem desviado do caminho está descartada. “Eles são adolescentes bem responsáveis. São filhos que se dedicam ao estudo. Algumas pessoas falam que eles são jovens, que eles podem ter desviado o caminho, que foram para outro lugar, mas a gente está vendo agora que não foi isso”, comentou.

A mãe da universitária Amanda disse que familiares ligaram para os amigos de todos os jovens, mas não conseguiram contato. “Todos os celulares estão fora de área, apesar de todos os meninos terem comunicado que estavam indo às 19 horas na sexta-feira. Todos eles são responsáveis e disseram em casa que sairiam com destino a Prado”, disse Conceição.

De acordo com a mãe, o namorado de Izadora também viajaria com o grupo, mas ficou em São Mateus. O jovem foi ouvido pelo delegado Janderson Lube, que, ao longo do dia ouviu familiares de todos os desaparecidos.

“Eu nem sabia que ela estava namorando. Ela disse que eles estavam ficando há poucos dias e eu só fiquei sabendo disso quando cheguei aqui. Por um motivo que eu não sei, houve uma discussão horas antes e ele não foi. Liguei e pedi para que a gente conversasse. Ele disse que realmente houve uma discussão e que Izadora disse para ele não ir. Depois disso, eu esperava que ele nos ajudasse, eu contava com a ajuda dele, mas ele desapareceu. A gente fez alguns contatos por telefone, ele dizia que estava em um lugar, mas quando a gente chegava, não conseguia encontrá-lo. Ele não conversou com a gente, não prestou solidariedade, não nos ajudou na busca junto com os colegas e o diretor. Ele não apareceu para ajudar”, afirmou Doralice.



PS: Desaparecer um grupo grande de pessoas juntas é incomum a não ser em catástrofes naturais que não é o caso... JS





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