quarta-feira, 20 de junho de 2012

Elize Matsunaga transferida para o "Presídio de Caras" em Tremembé com direito a calça cáqui





ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Elize Matsunaga, 30, foi transferida nesta quarta-feira da Cadeia Pública de Itapevi (Grande São Paulo), onde estava desde a noite do dia 5 deste mês, para o Complexo Penitenciário de Tremembé (138 km de SP).

Por abrigar condenados e acusados de crimes de grande repercussão, o complexo de Tremembé é conhecido como "Presídio de Caras", uma referência à revista de celebridades "Caras".

Ontem, o juiz Adilson Paukoski Simoni, do 5º Tribunal do Júri da capital, transformou Elize em ré no processo criminal no qual é acusada pela Polícia Civil e pela promotoria de ter matado e esquartejado o marido, o executivo Marcos Matsunaga, 41.

Ao transformar Elize em ré, o magistrado também transformou a prisão temporária dela (que terminaria amanhã) em preventiva (até possível julgamento). Por isso, Elize foi levada para a penitenciária no interior paulista.


CALÇA CÁQUI

Como regra para qualquer pessoa que dê entrada em uma das 149 prisões do Estado de São Paulo, Elize ficará no chamado regime de prova nos próximos dez dias, ou seja, nesse período receberá apenas visitas de advogados.

Assim que deu entrada na Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, que tem cem vagas e abriga hoje 154 mulheres, Elize foi obrigada a trocar as roupas que vestia pelo uniforme padrão do sistema prisional paulista: calça cáqui e camiseta branca.

Em Tremembé, Elize, bacheral em direito e com formação técnica em enfermagem, será vizinha de presas como a ex-estudante de direito Suzane von Richthofen, condenada a 38 anos de prisão pela morte dos pais, e Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada, Isabella Nardoni, 5.

Quando esteve na Cadeia Pública de Itapevi, Elize ficou em um cela isolada. Ao todo, a Cadeia Pública de Itapevi abrigava outras 80 mulheres quando Elize esteve lá.

Na manhã do dia 8 deste mês, Elize, segundo policiais, comparou a cela com a cobertura onde vivia até ser presa, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo).

Segundo o relato, ela disse que o local era menor do que a cama em que dormiu até o dia 4, quando foi presa pela morte do marido.









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