sábado, 6 de outubro de 2012

A menina Joanna Marcenal, torturada e morta por seu pai André Rodrigues Marins








A vida nos preserva escudos de proteção...

A nos abstrair a dor...

Jamais perdi uma noite sequer de sono imaginando como deveria escrever no blog no dia seguinte sobre Joanna...

Nunca fiquei a remoer ódios contra os assassinos torturadores de Joanna...

Alguma força estranha me proporcionou não sucumbir...

Somente sonhei com a menina Joanna uma única vez...

Foi no dia em que seu pai assassino foi preso...

Joanna tentando me abraçar...

Eu com medo tentando fugir...



Sentada em um banco alto no fundo de uma sala escura...

Rindo engraçada...

Como todos seus sorrisos que já mostrei por aqui...

Acho que...

Zoando de todos meus medos...

De todos meus temores covardes de não ter caçado seus torturadores com mais coragem e arrojo...

- Tio Jorge, logo você não quer me dar um abraço?

Cerrei os olhos e transpassei por entre seus braços tal uma nuvem ghost de cinema...

Este texto postei numa noite e deletei na manhã seguinte...

 Não há  mais razão para esconder nada...

Joanna é uma criança adotada por todos nós...

Joanna é nossa filha, sobrinha, neta...

Irmã de nossos filhos, netos...

Talvez a vida inteira tenha me preparado para este legado...

Alguém tinha que se expor...

O destino me presenteou com a oportunidade única de ser o acidental avô Max Tennyson de Joanna Cardoso Marcenal munida de sua pulseira Ben 10 vestida de Branca de Neve a caçar deformidades humanas...

Mesmo que o Judiciário tente estraçalhar minha vida por aqui?

Sem problemas...

Valeu a pena...


Obrigado Joanna!

Obrigado mesmo!

Talvez ninguém compreenda a razão de jamais recuar apesar de tudo...

Nem eu...




Jorge Schweitzer







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