Jovem é atropelada por trem ao reagir a roubo em Campo Grande
Ao ter equipamento puxado por ladrão, ela caiu entre plataforma e trem.
Caso ocorreu na estação Benjamim do Monte.
Do G1
Uma jovem foi assaltada na estação de trem em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
O suspeito puxou, pela janela, um aparelho de videogame.
Ela tentou reagir, mas ele foi mais forte. A estudante Ana Carolina Ferreira Marinho, de 25 anos, caiu e foi atropelada pelo trem.
O pai da jovem ainda está assustado com o que aconteceu. Para ele é doloroso lembrar o momento em que ficou sabendo do acidente, como mostrou o RJTV.
"A informação que tive é de que ela caiu e a pessoa olhou pela janela e não a viu mais em cima da plataforma e disse que ele só podia estar embaixo do trem. Se caiu embaixo do trem a gente pensou logo que morreu. Mas graças a Deus está viva", disse o pai, chorando.
Ana Carolina voltava da faculdade na noite de terça-feira (2). Entrou em um trem na estação Benjamim do Monte, em Campo Grande. O pai dela contou que um ladrão se aproximou pela janela e puxou um videogame da mão da estudante.
Segundo ele, Ana Carolina tentou segurar o aparelho e acabou caindo no vão entre a composição e a plataforma. O trem já estava em movimento e ela foi atropelada.
“Sempre orientei meus filhos a não reagir a assalto, porque sempre toma prejuízo. A gente não sabe o que ela pensou naquele momento”, disse o pai Eli Alves Marinho.
A Secretaria estadual de Saúde informou que a perna direita e o pé esquerdo da jovem foram amputados e não há possibilidade de reimplante. O estado de saúde dela é considerado estável. Ana Carolina foi operada no Hospital Rocha Faria. Durante o acidente, a estudante também sofreu uma fratura na coluna cervical e por isso foi transferida na madrugada desta quinta-feira (4) para o Hospital Getulio Vargas, na Penha, na Zona Norte, para dar continuidade ao tratamento. Não há previsão de alta.
A família registrou um boletim de ocorrência na 35ª DP (Campo Grande). Ana Carolina está lúcida e consciente do que aconteceu. O irmão da jovem diz que pretende processar a SuperVia.
“Por causa da lesão grave que ela teve nas pernas, a gente vai ter muitos custos com relação a medicamentos, a prótese, à adaptação psicológica a tudo, para poder voltar a fazer ela ter uma rotina de vida normal”, disse o irmão Bruno Ferreira Marinho.
A polícia ainda não tem suspeitos do crime.
A SuperVia informou que está apurando as causas do incidente e que ofereceu uma equipe de assistentes sociais para prestar o apoio necessário a Ana Carolina.
E a assessoria de imprensa da PM disse que não faz segurança dentro dos vagões e sim nas plataformas, entrada e saída das estações.
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