terça-feira, 16 de outubro de 2012

Joanna Cardoso Marcenal




Caso Joanna Marcenal:

Delegado afirma que pai da menina, André Rodrigues Marins, tinha prazer em torturar a filha de 5 anos de idade


Publicado em 22 de outubro de 2010 O Globo





Antônio Werneck e Gabriel Mascarenhas


O delegado Luiz Henrique Marques Pereira, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), disse que não está descartada a possibilidade de o pai da menina Joanna Marcenal, de 5 anos, morta em agosto, ser indiciado também por homicídio.

Segundo ele, a decisão será do Ministério Público.

O pai de Joanna, o técnico judiciário André Rodrigues Marins, foi indiciado na sexta-feira por crime de tortura contra a menina.

Pereira afirmou que o pai tinha prazer em torturar a criança.


- Ele
(André Rodrigues Marins) tratava a menina de forma desumana, tinha prazer em torturar. Por isso, no meu entendimento, há fortes indícios de crime de tortura - afirmou o delegado.

O indiciamento foi efetuado após três meses de investigações e cerca de 50 pessoas ouvidas como testemunhas no inquérito, que foi enviado para o Ministério Público estadual.

O delegado não confirmou, mas juntamente com o inquérito, ele teria representado pela prisão preventiva de Marins. O pai da menina nega as acusações.

A pena por tortura pode chegar a oito anos de prisão.


Depoimento de babá foi crucial para o inquérito

O pai e a mãe de Joanna, Cristiane Cardoso Marcenal Ferraz, travavam uma batalha judicial pela guarda da criança desde 2004.

Quando morreu, a menina estava sob os cuidados do pai havia um mês e vinte dias.

Uma das principais testemunhas do processo foi uma ex-babá contratada pelo pai de Joanna, que contou, em depoimento aos policiais da Decav, revelado com exclusividade pelo GLOBO, que em seu primeiro dia de trabalho se deparou com a menina Joanna Marcenal no canto de um quarto, "deitada no chão, amarrada numa fita-crepe nos pés e nas mãos e toda suja de xixi e cocô".


Ela contou que, diante do seu espanto, o pai disse que a menina estava "daquele jeito" por ter sofrido uma convulsão no dia anterior.

Ele teria alegado ainda que seguia "recomendação médica".

A babá teria se oferecido para limpar a Joana, que vestia apenas calcinha e camiseta regata, e colocá-la na cama, mas o pai teria argumentado que a menina sujaria tudo, e sua mulher, a madrasta Vanessa Maia Furtado, "não iria gostar".

André teria dito ainda que a filha era "especial".





A psicóloga que atendeu Joanna em seus últimos dias de vida, porém, desmentiu a versão do pai .

Segundo Lilian Araújo Paiva, Marins relatou que a menina se debatia muito durante à noite e acabava se ferindo.

Ele teria perguntado, de acordo com Lilian, se pode usar uma luvinha para evitar que Joanna se arranhasse:


- Disse que não via problema em usar uma luvinha, às vezes a gente faz isso para um bebê não se arranhar. Eu jamais diria para ele amarrar as mãos de Joanna. Nunca fiz isso - afirmou na época.

No dia 27 de setembro, conforme O GLOBO divulgou, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte de Joanna foi meningite causada pelo vírus da herpes.

O pai atribuiu os hematomas e marcas semelhantes a queimaduras no corpo da menina às sucessivas convulsões sofridas por Joanna:


- O laudo foi incapaz de identificar a origem dessas lesões. Por isso, não tenho nenhum medo de ser indiciado por coisa alguma. Como serei incriminado por algo que os peritos não sabem causa? - garantiu André Rodrigues Marins.




PS: Logo após esta declaração acima o bandido vagabundo que matou Joanna foi preso e conduzido ao Dcav onde eu lhe aguardava, assim como eu estava por lá quando foi levado ao IML para exames admissionais à Bangu 8 onde ficou por 5 meses e, atualmente, responde por assassinato, tortura e crime continuado em liberdade enquanto aguarda Juri Popular para voltar para cadeia...

Estarei presente no Juri Popular para  vê-lo sair algemado...




Jorge Schweitzer







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