domingo, 11 de novembro de 2012

Priscila Soraia Dib estava sentada na carroceria de sua camionete Hilux preta bebendo cerveja quando foi assassinada a tiros por motociclista as 2 horas da madrugada em Araçatuba SP













Advogada suspeita de ligação com facção criminosa é morta a tiros em Araçatuba (SP)

José Bonato Do UOL, em Ribeirão Preto (SP) 

 Uma advogada de 33 anos foi morta com sete tiros na madrugada deste sábado (10) num posto de gasolina de Araçatuba (527 km de São Paulo). 

O assassino desceu da garupa de uma motocicleta, conduzida por um comparsa, fez pelo menos dez disparos e fugiu. 

A polícia ainda não tem pista dos suspeitos. 

Ambos usavam capacete, o que prejudicou a identificação. 

 A advogada Priscila Soraia Dib, suspeita de ter ligações com facção criminosa, foi assassinada na madrugada deste sábado (10), na cidade de Araçatuba, interior de São Paulo. 

Priscila, que atuava na área criminal, foi presa em 2011 suspeita de integrar uma organização criminosa. O PCC (Primeiro Comando da Capital) suspeitava que a advogada tenha passado informações da facção para a polícia para conseguir deixar a prisão 

 Piscilla Soraia Dib estava sentada na carroceria de sua caminhonete, uma Hilux preta, por volta das 2h, à espera do namorado, com quem iria a uma festa de peão. 

Ela estava na companhia de dois colegas, um deles, cabeleireiro. 

 "Eu e uma amiga fomos até o posto na companhia dela. Tinha bastante gente. Ela ficou na caminhonete bebendo, e nós fomos comprar cerveja. Quando voltamos e estávamos a dois metros de distância dela, chegou o rapaz e fez vários disparos", afirmou o cabeleireiro, que pediu para não ser identificado. 

De acordo com ele, a advogada morreu na hora. "Acho que não deu nem tempo de ela perceber o que estava acontecendo. Foi muito rápido. Minha colega desmaiou. Eu tampei os ouvidos e fechei os olhos. O cara que estava dirigindo a moto acelerava o tempo todo enquanto o outro atirava." 

A advogada, segundo o amigo, estava muito bonita na hora em que morreu. 

Ela vestia uma legging preta, com blusa e botas com estampas de oncinha. 

"Ela estava linda, muito feliz e glamurosa", afirmou o amigo. 

 Prisão 

Em setembro de 2011, Priscilla foi presa suspeita de integrar uma organização criminosa, durante a Operação Anaconda, que teve a participação de promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) e das polícias Civil e Militar. 

 Na casa da advogada, foram encontrados um rádio comunicador na frequência da PM e maconha. 

Além dela, outras cinco pessoas foram presas. 

Em novembro de 2011, Priscila deixou a prisão de Tupi Paulista (646 km de São Paulo). 

 Após deixar a cadeia, Priscilla rompeu namoro com um rapaz que está preso acusado de tráfico de drogas. 

Ela chegou a receber ameaça de morte, possivelmente pelo fato de o ex-namorado não aceitar a separação, de acordo com a polícia. 

A reportagem do UOL apurou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) suspeitava que a advogada, que atua na área criminal, tenha passado informações da facção para a polícia para conseguir deixar a prisão. O corpo de Priscilla foi liberado na tarde deste sábado pelo IML (Instituto Médico Legal), após passar por exame necroscópico.




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