segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Professora Lauricélma P. da Silva acusada de exibir filmes pornográficos para alunos entre nove e dez anos de idade



Professora é acusada de exibir filmes pornográficos para 15 crianças em Manaus 

Professora de projeto sócio-educativo é acusada de exibir filmes pornográficos ao final das aulas de reforço para crianças entre nove e dez anos. 

A delegacia Especializada na Proteção à Criança e Adolescente está investigando o caso. 

Manaus (AM), 14 de Setembro de 2012 
MARIA DERZI 

Crianças denunciaram professora que exibia filmes pornôs durante aula Crianças denunciaram professora que exibia filmes pornôs durante aula (Bruno Kelly) 

A Delegacia Especializada na Proteção à Criança e Adolescente (Deapca) investiga um suposto caso de aliciamento de 15 crianças, de nove a 10 anos de idade, que vinha ocorrendo há cerca de três anos, durante um projeto sócio-educativo e desportivo, aplicado na Vila Santa Terezinha, no bairro São Geraldo, Zona Oeste. 

Segundo denúncias dos pais e moradores da vila, a professora exibia filmes pornográficos para as crianças que recebiam aulas na antiga sede do centro comunitário, o Castelinho. 

As denúncias dos pais indicam, também, que além de exibir vídeos com conteúdo impróprio, a professora também permitia que alunos de idade mais avançada abusassem sexualmente dos menores. 

O caso só foi descoberto quando algumas crianças começaram a se queixar das aulas e relataram a situação para os pais. Uma adolescente de 13 anos, que praticava capoeira no local, descreveu, em detalhes, aos pais o que via nos filmes“Ela colocava filmes pornôs para a agente ver. Meu irmãozinho de nove anos de idade também acabava vendo. Eram filmes com homens e mulheres,mulheres com mulheres e homens com homens.” disse menina. 

A menina disse ainda que chegou a ser abusada por outros alunos maiores e que relatava o ocorrido para a professora. 

“Eu falava para ela que os meninos estavam pegando em mim, no meu corpo, mas ela nem ligava. E quando a gente saía, ela dizia que não era para contar para ninguém sobre os filmes pornôs, porque se não, ela não falava mais com a gente”, disse a menina. 

Um morador que não quis se identificar disse que, à medida em que as crianças eram questionadas sobre as aulas, repetiam a mesma história, entrando em detalhes sobre as posições sexuais que viam os atores dos filmes pornôs fazerem. 

“Os pequenos, que nem sabem o que é sexo, falavam que viam o membro dos atores, descreviam o tamanho do pênis deles, as posições que as mulheres faziam. São crianças, não iriam mentir. E, não foi só uma. Achamos que mais de 15 alunos foram submetidos a isso”, disse o morador, completando ainda. 

“Ela fazia um tipo de tortura psicológica com as crianças, dizendo que os pais delas não prestavam”, disse o morador. Os pais ficaram indignados e procuraram satisfações com a professora, que está sem frequentar a comunidade há quatro dias. 

“Eu fiquei muito irado quando descobri. Fiquei dois dias sem dormir, indignado. A gente confiava nela, mandava nossos filhos para lá. Para mim é uma coisa horrível fazer isso com nossas crianças. Já pensou, nós deixávamos nosso filhos irem para lá, pensando que eles estavam recebendo educação, fazendo esporte. E, no final, acontecia isso”, disse o aposentado Walter dos Anjos. 

Por telefone, no final da noite de ontem, a reportagem de A Critica conseguiu conversar com a titular da Delegacia Especializada na Proteção à Crianças e ao Adolescente(DEPCA), Linda Gláucia, que se restringiu a informar que o caso está sob investigação da especializada e lamentou que a notícia tenha sido divulgada, pois teme que possa prejudicar os trabalhos de investigação do caso. 

Segundo informações prestadas pelos moradores que estão acompanhando o inquérito,três crianças já foram ouvidas pela especializada.





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