sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Delegado de polícia esquece bebê dentro do carro em Santa Rosa RS



Em velório, familiares se despedem de bebê esquecido em carro no RS 

Médico que tentou reanimar a criança acredita em desidratação. 

Bebê de 11 meses ficou quase cinco horas no veículo do pai. 

Do G1 RS 


 Os brinquedos emocionavam a todos que se aproximavam para se despedir do bebê de 11 meses durante o velório na madrugada desta sexta-feira (18), em Santa Rosa, Região Noroeste do Rio Grande do Sul. 

A menina, que no próximo dia 27 completaria um ano de idade, saiu de casa com o pai no início da tarde de quinta (17) para ser levada para a creche, mas foi esquecida dentro do carro do delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia do município, José Soares de Bastos, que se dirigiu direto ao trabalho. 

Ela não resistiu. Segundo a polícia, o pai esqueceu a criança dentro do carro, estacionado no pátio da delegacia, que fica no bairro Cruzeiro. 

Ele só percebeu que o bebê estava há quase cinco horas dentro do veículo quando a mãe telefonou da creche para saber onde estava a filha. 

O delegado estava na rua, em uma ocorrência, e voltou para a delegacia após a ligação. 

Com a ajuda de colegas, tirou a menina de carro e a levou para o Hospital Vida e Saúde, onde ela já chegou sem vida. 

O médico pediatra César Altino estava na equipe que tentou reanimar a criança. 

Segundo ele, dificilmente o bebê morreu por falta de oxigênio. A possibilidade levantada é desidratação, já que ela perdeu muito líquido em função da alta temperatura do carro e do corpo. 

"A desidratação é extremamente grave, danosa para o sistema nervoso central. Provoca precocemente alterações, pode provocar convulsões, um colapso sistêmico, seguido de parada cardiorrespiratória", disse o médico. 

O velório ocorre no Salão Paroquial da Igreja Matriz, e o sepultamento será realizado ainda nesta sexta-feira. O pai segue internado no hospital, em estado de choque.




2 comentários:

  1. Meu Deus, que triste...Como suportar uma dor dessa...Como viver com a culpa...
    Que Deus os ajude.

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  2. Que tragédia! Enlouquecedor. A sensação é de ter sido um pesadelo, um sonho ruim; quando se perde um filho, é tudo muito confuso, a fixa não cai, a gente não aceita. Ainda mais nessas circunstâncias. Com certeza terão que fazer terapia, se preciso, medicamentos; aguentar sem ajuda é impossível. Força aos pais.

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