domingo, 26 de maio de 2013

Tiroteio na Vila Cruzeiro atrasa largada da corrida Desafio da Paz no Complexo do Alemão RJ






Extra 

Poucos minutos antes do início do Desafio da Paz, terceira edição da corrida que acontece no Complexo do Alemão, foram ouvidos tiros, que teriam sido disparados do alto da Vila Cruzeiro, na Penha. 

O evento, marcado para as 8h, começou com uma hora de atraso. 

Após o tiroteio, um helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a área com fuzis para analisar se ainda havia perigo para o início da corrida. 

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, era aguardado no Complexo do Alemão para liberar a largada do Desafio da Paz. 

Apesar de seu atraso, Beltrame conseguiu participar da corrida e é acompanhado por um segurança durante o trajeto. 

O incidente não assustou a todos os participantes do desafio que estavam no Complexo do Alemão aguardando o início do evento. 

- Vi muita gente indo embora depois do tiroteio, mas provavelmente é gente que não mora aqui e não está acostumado com isso. Eu estou acostumando e não me assustei. Sinto que aqui as coisas estão mais seguras depois da UPP - disse o aposentado Jorge, de 55 anos, que participa da corrida pela terceira vez. 

Logo que chegou ao Complexo do Alemão, Beltrame foi conversar com José Júnior, coordenador do AfroReggae, e com policiais do Bope para entender a situação. 

Segundo testemunhas, as rajadas duraram cerca de cinco minutos e assustaram o público. 

Houve correria, e um dos organizadores do evento pediu para as pessoas se abaixarem e ficarem próximas das paredes. 

Cerca de 2 mil pessoas estão no local. 


Tráfico ordenou fechamento do comércio 

O clima de insegurança que tomou conta do Complexo do Alemão e da Penha durante essa semana, devido à morte do traficante Anderson Simplício de Mendonça na quarta-feira e ao fechamento do comércio e escolas da comunidade. 

Na sexta-feira, parte do comércio amanheceu fechado, pelo segundo dia seguido. 

O Colégio Estadual Tim Lopes abriu pela manhã, mas, segundo a direção, fechou à tarde por conta da baixa frequência. 

À noite, alguns estabelecimentos continuavam fechados. 

O clima de insegurança se refletia no comportamento dos comerciantes, com medo de se identificarem ao falar com a imprensa. 

- Ontem (sexta-feira), não dava para abrir por causa da morte do traficante. Outros comerciantes vieram falar comigo e fiquei em casa. Hoje, ninguém sabia o que fazer. Por isso, preferi abrir só à tarde - contou um dono de bar que não quis se identificar.





Nenhum comentário:

Postar um comentário