sábado, 22 de março de 2014

Respeito muito minhas lágrimas... Mas, ainda mais minha risada...






De tempos em tempos alguém tenta me convencer que não me lê...

Tal como pose de quem  afirma que só assistiu o Raul Gil porque parou na frente do quarto da sua empregada na área de serviço...

Lógico, é mentira...

Se você entoar 'então pegue em seu banquinho', a falsa socialite certamente saberá completar 'e saia de mansinho'...

Ou cairá na risada, fingindo que não sabe do que se trata...

Então?

Se a ilustre pessoa riu, é porque me acompanha...

Evidente...

Se conseguiu cumprir a promessa de não mais me acompanhar, melhor...

Nem comprendo a razão de alguém se envergonhar por isto...

Não deveria...

Nem poderia...

Estranha conclusão de alguém que já me viu acompanhar com a mesma determinação episódios equivalentes que envolviam miseráveis...

Agora, uma bacana foi quando um interlocutor metido a celebridade me pediu informações sobre um caso que meu blog estava sendo o condutor e sugeriu que eu esquecesse meu lado paladino e centrasse nas provas das investigações depois de eu afirmar que na ocasião possuia apenas a imagem de uma criança trucidada por tortura onde a mídia tentava acobertar para atender interesses do Judiciário...

Bati o telefone e segui em frente...

Semanas depois ele me telefonou num domingo a noite, após uma babá aparecer no Fantástico...

A vida é assim...

Muitos duvidam, outros apostam que tudo é bravata passageira...

Por diversas vezes movo emoções mas me esquivo da pieguice barata como arma de persuação...

Tendo driblar toda vaidade e qualquer indução à exaltação de algum feito pessoal...

Reconheço a exata dimensão limitada do meu blog como determinante de desfechos...

Mas...

Conheço a perfeição correta do que somos capazes ao utilizar a Internet como ferramenta democrática de dissipação da verdade...

O blogueiro Mosquito de Florianópolis se enforcou de desgosto após ser abandonado por aqueles que o aplaudiam e ninguém mais o relembra...

O blogueiro Ricardo Gama tomou vários tiros na cabeça em plena  Copacabana e não ocorreu uma comoção necessária para encontrar seus assassinos impunes até hoje...

Todos adoram o arrojo alheio desde que isto não interfira em seus cotidianos...

Todos miram seus umbigos como centro do universo e o resto que se virem, no cada um por sí com éfe...

O lema mitigante ema ema  a lenir cada um com seu 'pobrema'...

Óbvio, isto ofende muito...

Mas não muda absolutamente nada...

Existe um propósito em cada um de nós...

De não negarmos a nossa própria existência...

No dia em que um semelhante indefeso sequer for executado covardemente e nenhum de nós tiver a audácia de reagir estará chegada a hora de repensarmos nossa condição animal...

Os laços inexplicáveis que nos vinculam à preservação da vida...

Para quem finge não entender o que falo...

Aquele abraço!

Somos o que somos...

Ninguém vai nos mudar...

Engraçado, isto é letra de alguma música...

Não sei qual?!





Jorge Schweitzer





Nenhum comentário:

Postar um comentário