quinta-feira, 15 de maio de 2014

Há 4 anos: Dia 26 de maio de 2010 a Justiça entregou Joanna Marcenal para ser assassinada pelo pai e pela madrasta







Joanna Cardoso Marcenal morreu no dia 04 de agosto de 2010, aos cinco anos de idade, na Clínica Amíu de Botafogo depois de um mês em coma...

Antes, Joanna foi atendida pelo falso médico Alexsandro da Cunha Silva sob as ordens da médica chefe da pediatria Sarita Fernandes - que contratou Alexsandro (estudante do terceiro ano, sexto período,  de medicina de faculdade de Nova Iguaçu) e repartia os proventos de seu falso plantão - no Hospital RioMar da Barra da Tijuca onde a menina foi internada pelo pai com nome de outra filha sua quase da mesma idade...

Joanna já estava em estado irreversível - um médico me garantiu que a menina teria somente vida vegetativa dali pra frente - apos ficar um dia inteiro desacordada na sala do apartamento do seu pai, o serventuário judicial André Rodrigues Marins, e da sua madrasta Vanessa Maia Furtado sem que nenhum deles tivesse a compaixão humana de acudi-la depois de trucidarem a criança...

Dali pra frente passei a acompanhar o Caso Joanna e no dia seguinte fui ameaçado pelos assassinos  de ser processado e preso por injúria e difamação...

A partir dali, eu que sequer conheci Joanna em vida, fui escalado pelos bandidos para fazer parte de sua história póstuma...  

Joanna possuía machucados pelo corpo inteiro, incluindo queimaduras em toda a extensão das nádegas, quando o pai e madrasta não encontraram outra saída que não procurar um hospital para que o óbito não ocorresse dentro do apartamento no Recreio dos Bandeirantes e a Perícia Policial localizasse cada prova da mecânica devastadora no local...

O que as evidências demonstravam com clareza foi comprovado pelo depoimento de uma babá que viu Joanna amarrada pelos pés e mãos sobre fezes e urina acima de um tapete e gravou matéria no Fantástico...

Na realidade eu fui aconselhado a procurar outra babá de Joanna moradora da favela do Terreirão que servia cafezinho e limpeza da agência de automóveis importados  onde a madrasta Vanessa Maia Furtado era funcionária na Barra da Tijuca...

Esta babá queria falar comigo mas estava muito assustada, o que me repassaram que ela poderia me contar era tão devastador que até hoje prefiro que nem seja verdade...

Mas... 

As queimaduras de Joanna foram provocadas pelo pai André Rodrigues Marins que após solicitar aviamento de pomada para escamotear a tortura para um médico que frequentava sua igreja pentecostal o ameaçou caso ele tornasse público o diálogo que ocorreu enquanto esta testemunha estacionava seu carro na Casa do Alemão na Rodovia Washington Luís...

Em razão da tortura física Joanna contraiu herpes genital e consequentemente morreu de meningite...

Qualquer legista dos confins, mesmo que cooptado pelos imbecis bandidos por 18 mil por cabeça/laudo (como tentaram), pode comprovar de pronto...

Um dia antes de se confirmar que Joanna era manietada eu estive no IML onde fui recebido pelo diretor do Instituto, Dr. Frank Perlini, durante quase duas horas...

Apresentei o Dr. Frank Perlini à mãe de Joanna, Cristiane Marcenal, numa sexta feira à noite...

Na segunda feira seguinte o jornal O Globo estampou a notícia que Joanna morreu de meningite enquanto a Dra. Cristiane Marcenal estava sendo entrevista pela Ana Maria Braga...

Dr. Frank Perlini havia garantido que só daria o laudo final à mãe Cristiane e questionado ao vivo no Mais Você negou a informação d'O Globo...

A violência contra Joanna parecia tão incompreensível que nos deixava prostrados diante a covardia...

Tempos depois, que encontrei por acaso,  a médica que fez a primeira perícia no corpo de Joanna ainda na Amiu me contou pessoalmente que após eu ter ido ao IML houve uma reunião onde um outro legista se ajoelhou no meio da sala e chorou pedindo para ser excluído no laudo que inocentava os assassinos...  

Logo após notícia de que o pai de Joanna a amarrava sobre fezes e urina explodir na mídia, o pai serventuário do TJ/RJ André Rodrigues Marins requisitou entrevista coletiva e confirmou que realmente atava Joanna e a deixava sobre excrementos, que 'mais tarde limpava quando retornava do trabalho'...

Depois desta declaração estarrecedora, a Justiça determinou a prisão do pai André Rodrigues Marins em Bangu 8 onde permaneceu encarcerado por cinco meses - onde quase foi linchado na véspera de do carnaval - até ser solto pelo juiz Alberto Fraga após cinco outros magistrados negarem os habeas corpus anteriores...

André Rodrigues Marins retornou a trabalhar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e atualmente dá expediente na 5a. Vara Cível no Bairro de Campo Grande RJ onde oficiais se negam encontrá-lo para responder por outros crimes do seu prontuário policial incluindo ter espancado sua atual esposa que igualmente está indiciada por tortura e homicídio triplamente qualificado contra a menina Joanna...

O Caso Joanna Marcenal possui componentes kafkianos onde até mesmo o Judiciário nos surpreende com atitudes que nos deixam confortáveis para supormos que se trata de tentativa vergonhosa de proteger em corporatismo indecente um apadrinhado da Casa, um réles barnabé técnico de nível médio...

A promotora do processo, Carmen Elisa, procurou a família da vítima Joanna para informar que enquadraria os assassinos da menina apenas por tortura sem intenção de matar...

Se isto não se trata de deboche, a insanidade encontrou império na promotoria com perturbadores indícios de debilidade para proteger um bandido in natura...

Seria algo como a madrasta e o pai de Bernardo Boldrini serem incensados com a justificativa que somente aplicaram over dose de anestésico e enterraram o menino mas jamais imaginaram que ele morreria...

Seria algo como a madrasta e o pai de Isabella Nardoni serem desculpados por espancarem a menina e a jogarem pela janela em razão de acreditarem que após aquilo tudo ela sobreviveria...

Está logica apropriada a bandidos, lembra Mariel Mariscott que acusado de vários homicídios afirmava que somente desferia os tiros e quem mata na realidade é Deus...

A promotora Carmen Elisa Bastos de Carvalho  foi afastada e, recentemente, nomeou-se outra outra promotora, dra. Isabella Pena Lucas,  que até o momento ainda não entrou em contato com familiares da menina Joanna Marcenal para comunicar quais seus projetos estratégicos para enquadrar os assassinos... 

A via crucis da menina Joanna Cardoso Marcenal começou exatamente no dia 26 de maio de 2010 quando a juiza da 5a. Vara de Família de Nova Iguaçu, dra. Claudia Nascimento Vieira, determinou que a criança fosse retirada da mãe e entregue ao pai e a madrasta...

Dia 26 de maio de 2010 é a data da pena de morte imposta à menina Joanna Marcenal...

Os requintes da pena de morte incluiam que a mãe de Joanna, Cristiane Marcenal, não deveria ter nenhum contato - sequer por telefone - com sua filha por 90 dias ininterruptos...

Era o mote para o assassinato premeditado e com prorrogação para sumirem com todas as provas...

Quarenta dias depois, o pai André Rodrigues Marins e a madrasta Vanessa Maia Furtado, devolveram a menina para ser sepultada num caixão branco com cartazes em volta clamando por Justiça...

Atualmente o processo  nº 0336128-89.2010.8.19.0001 do Caso Joanna Marcenal transita incandescente nas mãos de juizes que prorrogam a decisão já determinada por um bancada unânime de desembargadores que concluiu por Juri Popular com todos os réus - pai, madrasta, médica, falso médico - indiciados por homicídio triplamente qualificado e tortura continuada...

De alguma forma todos agentes inoperantes da Lei estão maculados pela chaga aberta que carregarão para sempre como protagonistas do assassinato de Joanna Marcenal...

Não existe nenhuma justificativa plausível para os bandidos André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado permanecerem circulando pelas ruas como cidadãos acima de qualquer suspeita que não o Judiciário a resguardá-los na contramão dos fatos e da comoção causada pelo assassinato cruel e desqualificante de uma menina de cinco anos de idade que o Estado não teve competência sequer de permitir que familiares a resgatasse das mãos de criminosos que a capturaram para executá-la na forma da Lei...

No dia 26 de maio de 2010 Joanna se despediu de sua mãe e disse que não voltaria mais...

As imagens do último vídeo de Joanna no Forum de Nova Iguaçu pouco antes de ser entregue para seus algozes eu reproduzo abaixo para que vocês possam assistir o quanto a menina pressentia o que a juiza Claudia Nascimento Vieira se recusou interpretar...



Agora...

Enquanto o Brasil não se tornar um Estado na acepção da palavra onde todos são iguais perante a Lei impossível termos orgulho desta podre pátria mãe gentil onde crimes da brutalidade que a menina Joanna Marcenal foi vítima tentam ser apagados da memória social para que seus partners sejam salvo guardados...

O crime horroroso cometido contra Joanna Marcenal, em todas instâncias, só constrange que cobremos Justiça em razão da artilharia do Poder que pode decapitar qualquer manifestação tolhendo nossa condição civil insurgente de livre protesto...


O Poder Judiciário pode mandar prender qualquer um de nós utilizando oportunistas mecanismos paralelos para nos enquadrar...

O Poder pode nos amedrontar...

O Poder tudo pode...

Menos impedir nosso direito universal de protestar...

Nenhum de nós irá recuar enquanto André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado não forem enfurnados no cadeia para pagar pelo que fizeram...

Pode demorar...

Paciência...

Não tenho pressa...

Numa hora haverá de aparecer algum magistrado de verdade...

Enquanto isto o Judiciário vaga no limbo...

Sem entendermos para que existe...

Tortura pavorosa sem intenção de matar uma criança de cinco anos de idade?

Acredito que estão tentando que André Rodrigues Marins não tente se explicar no tribunal informal do presídio...

Esta deve ser a única explicação para qualquer juiz não reenviar André Rodrigues Marins para Bangu...

O crime que ele cometeu é tão bárbaro que dificilmente André Rodrigues Marins escapará da lei natural da cadeia onde assassinos de crianças jamais são perdoados...





Jorge Schweitzer







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