quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Golpe do Carro Premiado da Seleção Brasileira pegou uma doméstica em Copacabana








Todos nós já recebemos ligações no celular avisando que acabamos de ser premiados com uma casa ou automóvel...

A ligação sempre parte de algum aparelho do Nordeste...

Mas, é de algum presídio...

A mecânica do golpe varia mas o desfecho é sempre você comprar créditos para celulares indicados pelo meliante do outro lado da linha...

Ontem, assisti mais um...

Eu estava em uma loja no Shopping das Antiguidades em Copacabana...

Uma senhora humilde, empregada doméstica no bairro, entrou e foi repassando ao balconista diversos números e quantos créditos deveria indicar se fingindo de 'atriz' -  para não despertar atenção de alguém lhe passar a perna -  e lhe tratar de 'patrão' para receber seu automovel zerinho sorteado pela Seleção Brasileira que seria lhe entregue pelo Neymar em pessoa...

Eram dez números de 100 reais para cada e mais um com 30...

Como o balconista começou a desconfiar quando a conta chegou a 630 reais resolveu cobrar...

A doméstica com seu celular na orelha:

- E agora, o que eu faço, patrão?

Do outro lado da linha:

- Está tudo ok, apenas aguarde seu prêmio; obrigado!

O balconista insiste em cobrar...

Ela explica que seu interlocutor disse que ela não teria custo algum...

Desesperada, liga para sua patroa que vai até a loja e se identifica como advogada...

Nada feito, impossível estornar a operação...

Constrangimento completo...

O balconista liga para operadora e reproduz pelo viva voz para a 'advogada' escutar que não é possível abortar o feito...

Ou paga os créditos ou chama-se a Polícia...

A doméstica liga para seu companheiro em Nova Iguaçu que vai até a loja, paga a conta e sai do local dando safanões na vítima...

A operadora é a Vivo...

Curioso que mesmo com os números identificados a Vivo não consiga bloquear a esperteza...

Operadoras se tornam cúmplices úteis do crime evidente...

Não dá para entender que pessoas honestas sejam ludibriadas e empresas de telefonia sejam parceiras da vagabundagem...

Operadoras só não criam mecanismos para interceptar a esperteza por incompetência vivaldina...





Jorge Schweitzer



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