domingo, 20 de julho de 2014

Edelvânia Wirganovicz: vídeo do depoimento da assistente social confessando detalhes da morte do menino Bernardo Boldrini


















VÍDEOS: assistente social confessa envolvimento e conta detalhes sobre morte de Bernardo
ZH teve acesso à gravação do depoimento de Edelvânia Wirganovicz à polícia, em 14 de abril

por Adriana Irion



Zero Hora teve acesso à gravação em vídeo do depoimento que desvendou a morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, ocorrida em 4 de abril, em Frederico Westphalen.

Na noite de 14 de abril, por cerca de 58 minutos, a assistente social Edelvânia Wirganovicz repetiu para a polícia, desta vez formalizando o depoimento, os detalhes que horas antes haviam levado os policiais até a cova em que o corpo nu do menino estava enterrado.


Em Frederico Westphalen, informalmente, Edelvânia havia confessado participação no crime, dizendo ter recebido dinheiro da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, para ajudar a enterrá-lo. Conduziu os policiais até o buraco. Levada para Três Passos, prestou depoimento para a delegada regional Cristiane de Moura e Silva. No mesmo prédio, já estavam presos Graciele e o pai do menino, o médico Leandro Boldrini.

Mascando chiclete, contou, por exemplo, sobre o produto comprado para "dissolver rápido a pele" do menino e não "dar cheiro". Por duas vezes tomou água. Em alguns trechos da fala, pareceu quase sorrir ao buscar na memória algum detalhe questionado pela delegada. Explicou pausadamente o que disse à amiga Graciele quando soube do plano para matar Bernardo: "Eu disse 'pensa bem no que tu vai fazer, olha o risco, né, pensa bem para ser bem feitinho'".


Também descreveu a forma como o menino foi colocado no buraco e o que foi jogado sobre ele.

Em dois momentos foi contundente ao negar o envolvimento de qualquer outra pessoa no crime. Questionada sobre se o pai de Bernardo tinha conhecimento do que Graciele fez, Edelvânia afirmou que não, que ele não sabia. Ao final do depoimento, reforçou para a delegada a informação de que não havia outros envolvidos a não ser ela e Graciele.

Aliás, em mais de um momento ela se interessou em saber se a madrasta havia confessado e se havia jogado a culpa sobre ela. Cinquenta minutos depois de começar a falar, chorou rapidamente. Limpou as lágrimas e seguiu colaborando com a escrivã que se preparava para começar a leitura do depoimento para ela.

Pouco depois, outra mulher que estava na sala perguntou o porquê de ela não ter contado nada antes. Edelvânia chorou novamente e esfregou a barriga. A delegada, então, pediu o contato de alguém da família que pudesse ser avisado sobre a prisão dela.

Leitura do depoimento se deu aos gritos de "justiça"

A validade da confissão de Edelvânia foi muito questionada pelo defensor dela pelo fato de ter sido feita sem a presença de um advogado. A polícia garantiu que ela foi avisada dos direitos constitucionais de ficar calada e de só falar em juízo. De fato, em pelo menos dois momentos, isso foi repetido para Edelvânia na delegacia, durante a gravação.

A leitura do depoimento começa pouco depois de uma hora do início da fala, e a assistente social vai acrescentando mais informações. Aos 71 minutos, a gravação captou gritos oriundo da rua, de pessoas que se aglomeravam na frente da delegacia regional de Três Passos:

— Justiça, assassinos, justiça!

Um médico entra na sala para o exame de lesão corporal,uma praxe que antecede a ida de suspeitos para presídios depois de prestar depoimento à polícia. Ela levanta a blusa, ele examina os pulsos e o pescoço.

Mais uma vez, podem ser ouvidos gritos, mais nítidos. Edelvânia escuta cabisbaixa. É consolada por quem está na sala, que diz que a saída dela será mais tranquila, já que as pessoas não sabem que está ali. O alvoroço na rua seria por conta da presença do pai do menino e da madrasta, suspeitos de ligação com a morte.

Uma hora e 17 minutos depois de a gravação começar, Edelvânia retira o chiclete da boca. Segue a tentativa de leitura do depoimento, interrompida pelo som de telefones celulares tocando e pelo ingresso de pessoas na sala. A gravação é encerrada. Em seguida, um terceiro momento do vídeo começa — a primeira parte, de menos de cinco minutos, captou as informações sobre a qualificação da suspeita, quando ela diz que seu apelido é "Edi" e que tem um anjo tatuado nas costas.

A segunda parte da gravação é o depoimento em si, e a terceira foi a revisão, com leitura e acréscimo de informações. Foi nesta finalização que Edelvânia lembrou de mais um detalhe: que a madrasta lhe contara que havia tentado matar Bernardo o sufocando com um travesseiro. O fato é registrado e, 33 minutos depois, a leitura é concluída.

Edelvânia, Graciele e Boldrini seguem presos desde 14 de abril. Um irmão da assistente social, Evandro Wirganovicz também foi preso e denunciado por suspeita de ter ajudado a cavar o buraco em que Bernardo foi enterrado. Em depoimento à polícia, Graciele admitiu ter matado Bernardo, mas alegou ter sido por acidente, por excesso de calmantes. Boldrini sempre negou qualquer participação no crime.





PS: A frieza desta sujeita é algo que foge a qualquer compreensão, parece que ela está narrando algo que não envolve assassinato brutal e covarde cometido por ela e pela outra contra uma criança... Repugnante, tomara que elas encontrem pessoas com as mesmas tendências na cadeia... Agora, a delegada comprova que aprendeu com aplicação as técnicas de interrogatório levando a conversa de maneira absolutamente informal que coloca sempre o suspeito completamente a vontade para vomitar toda a sequência... JS




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