quarta-feira, 9 de julho de 2014

Felipe Scolari e sua amarelada seleção: 7 a 1






É verdade...

Tal qual  Michael Jackson:  preparamos o show, vendemos os ingressos e morremos na véspera...

Ensaiamos um espetáculo que  não tínhamos  condições  de representar...

Nossa seleção brasileira é decadente, incompetente, vergonhosa...




Parecia uma turma de guris reunidos na esquina brincando de bobinho contra um  adversário absolutamente profissional e pragmático...

O pesadelo anunciado se desenhou num time mambembe que passou pelas oitavas com a corda no pescoço...




Se pararmos as cenas dos gols da Alemanha vemos vários jogadores do Brasil batendo cabeça sem nenhuma voz de comando...

Não existe sistema tático, jogada ensaiada, talento individual, nada...

Nunca existiu...




Um time coió que antes de entrar em campo clamava ao espírito do Neymar como ele já não estivesse entre nós,  feito um Ayrton Senna,  com bonés postumos e loas idolatras  desconexas...

Daí...

O ataque alemão trocava linha de passes dentro da nossa área sem ninguém combatê-los...




Em toda esta Copa 2014 não vi nenhum escanteio que os jogadores não ficassem se estripando ou entrada duríssima quando o outro tinha posse de bola como brasileiros contemplaram bondosa e respeitosamente os alemães...

Em 100 anos de história do futebol brasileiro nunca se viu nada sequer similar...

Sete a um não foi derrota, foi humilhação...





Em campeonatos de futebol de várzea quando joguei até mesmo contra infantis e juvenis do Grêmio ou Internacional em campinhos de Porto Alegre não lembro de nenhum resultado de mais de cinco gols de diferença nem a favor ou contra se não com a porrada estancando sem final...

O 7 a 1  de ontem foi patético, bizarro...

Até em quadra de condomínio é ultrajante...





Deveria ser como no boxe onde o segundo joga a toalha no ringue e acaba o sofrimento...

Já no primeiro tempo muitos torcedores abandonaram as arquibancadas do Mineirão...




Pelas ruas do Rio de Janeiro telões, restaurantes e  bares eram abandonados e o Choque da Polícia Militar em peso se posicionou na entrada da Estação de Metro Arcoverde para impedir quebradeira de quem deixou antecipadamente a Fan Fest no Leme...

Quando tomamos o primeiro gol era fácil prever o desastre e abasteci GNV no Posto Matosão  e levei passageiro até a Lapa...




A acabrunhamento do Felipão na borda do gramado era o retrato 3 por 4 do nossos desespero... 

No pequeno percurso da  Tijuca até os Arcos levamos mais quatro gols que acompanhei pelo rádio do carro...

Rumei para Copacabana e a concentração ao lado do Copacabana Palace abrigava diversos pontos de confusão com a PM intervindo...

Desabou uma chuvarada providencial espantando das ruas a multidão...




Escuto pelo rádio o goleiro Julio Cesar explicando que 'vamos em frente, vida que segue'; que possue dois filhos pequenos em casa para cuidar;  que está muito precocupado com o futuro deles...

Quando esta seleção começou a contar com  a memória espiritual do cambrone  Neymar, com auxilio de psicóloga holística, mãozinha no ombro do companheiro e hino cantado com força deu para perceber que estávamos perdidos e mal pagos...




Estes jogadores da seleção do Brasil de 2014 entraram para história definitiva do futebol mundial pela vergonha terceirizada que nos aprontaram...

Nossos jogadores possuem incompreensível  Complexo de Mártir...

Quando lia-se qualquer câmera se esmeram em nos provar que são sofredores compulsivos...




Ao invés de centrarem concentração para suas atividades fins se meteram em exercícios paralelos de comiseração com o Thiago Silva repetindo exaustivamente que quase morreu e nos brindando com a boa nova - na última entrevista coletiva antes do jogo contra a Alemanha  - que já que sua carreira de jogador é muito curta pretende se tornar técnico de futebol, apesar de ter vergonha de falar em público...

Eu ficava torcendo para não aparecer nenhuma velhinha cadeirante na beira do gramado do Mineirão já todos jogadores sairiam correndo para tentar ampará-la apesar de não necessário...





David Luis incorporou  hipotético guerreiro gladiador apesar de se tratar pura e tão somente jogador de prosaico esporte bretão...

Nossos jogadores querem por que querem ser heróis enquanto nós cobramos que apenas chutem a porcaria da bola de forma devida...

 O sentimento é de profunda tristeza, frustração, vergonha...




Perdemos de cabeça abaixada, sem tentativa de reação, a seleção foi um nada...

Na coletiva após o 7 a 1  Felipão disse que agora cada um retorne a sua rotina, que isto é apenas e tão somente uma partida de futebol...

Mas, jogadores chegaram batucando no ônibus numa alegria que contrastava com concentração no fim alvo...

E...

Engraçado, nos fizeram crer que era um momento de união nacional...

Que o congraçamento ufanista nos traria orgulho patriótico...




Ué?!

Quer dizer que o pré-discurso era tudo  de mentirinha?!

Que estavam brincando com a gente?!

Que era um pegadinha do Mallandro?!

Ao cobrarmos explicação não estamos encurralando uma trupe de rotos desprotegidos...

Somente o Neymar ganha oito milhões de salário mensal...

Em todo resto da equipe não existe um sequer destes desconhecidos até a Copa 2014 com proventos mensais menores que 500 mil dólares...




Maurício deu entrevista, ainda antes de nossa estréia, e ficou indignado com jornalista que insinuou que temos uma entre safra de raríssimos talentos como se confirmou a premunição...

Maurício pediu respeito...

E, agora?!

Barbosa foi perseguido pela culpa pelo resto da vida em razão do gol que tomou que nem foi um frango no Macaranaço...

A seleção atual pede que esqueçamos tudo já no mesmo dia da catástrofe e bola pra frente...

Ninguém nos pede desculpas...

Pegarão seus carrões e voltarão para as mansões...




Eles só choram na vitória como carpideiras ensaiadas e caras de loucos quando conseguem fazer gol contra adversário mequetrefe...

Nós que choremos a derrota...

Nos venderam um sonho impossível...

Deveriam se recusar a disputar terceiro lugar...

Perder por WO seria mais digno que próxima goleada em humilhação repetida...

Certamente escalarão todos os reservas, não irão expor a novo vexame milionários acomodados...





Felipão deveria ter pedido demissão já no vestiário...

Mas, não o fez; não fará jamais...

Felipão aguardará ser demitido para abocanhar  vultosa rescisão...

Os bons princípios éticos se esvariaram no cada um por seus interesses reservados...

Que o choro da arquibancada seja solitário...

Curioso que comprei dez garrafinhas de 473 mil em alumínio da cerveja Brahma 'Seleção Especial'  a R$ 9,99 assinada pelo próprio Scolari  para abrir na final do próximo domingo...

Vou presentear o mendigo da minha próxima  esquina, ou enviar para qualquer leitor que me pedir...





Me recuso deglutir  o engodo propagado pela CBF e pelo Planalto que agora terá que nos explicar os 2 bilhões para realizarem uma final Copa das Copas  sem nós no Maracanã...

Arrumaram a alcova para outros se deliciarem e nós como onanistas voyers idiotas...





Até mesmo o  cambista dos quadros da Fifa  que foi preso no Copacabana Palace e levado para para a 18a. DP na Praça da Bandeira deu carteirada "sabe com quem está falando?" e as quatro horas da madrugada foi solto graças a uma benevolente desembargadora do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmando a previsão do posudo pilantra...

O cambismo na Copa 2014 é apenas a ponta do iceberg que em maré baixa adernaria para acima da  linha d'agua a hotelaria inteira do RJ, companhias de aviação e todos serviços paralelos contratados pela Fifa incluindo o fisco que lhes abençoou com indevido  perdão de impostos...

Perdemos para nós mesmos...




Faltou coragem, vontade,  raça, garra, preparo físico...

O show dos horrores inacreditável encalhará toda porcaria de badulaques verde amarelo que tentaram nos empurrar goela abaixo... 

Tão cedo não volto a assistir futebol...




Vou passar a acompanhar jogo de  bocha...

Só me falta descobrir se o certo é bocha ou botcha...

Porém...

Se criarem uma Confederação Brasileira ou Federação Internacional para regularem o raio da Bocha...

Tô fora!





Jorge Schweitzer



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