quinta-feira, 16 de abril de 2015

Motorista do UBER espanca e estupra passageira em Nova Dheli que moverá processo contra o aplicativo nos tribunais dos EUA





IDG News Service / EUA 07/04/2015 - 16h30


Empresa alega que, como caso aconteceu na Índia, não deve ser julgado em sua terra natal, os EUA, onde derrota poderia custar muito mais.

O aplicativo de transportes Uber pediu a uma corte da Califórnia para rejeitar um processo feito contra a empresa por uma mulher que diz ter sido estuprada por um motorista do Uber em Nova Déli, na Índia.

Em parte, o Uber contesta que nunca teve uma relação com o motorista em questão e diz que o suposto crime fica fora da jurisdição dos tribunais dos EUA.

A ação judicial teve entrada em janeiro e é relacionada a um incidente que aconteceu no começo de dezembro de 2014, em que uma mulher, que não foi identificada, fez uma viagem de 45 minutos para casa pelo Uber. Ela adormeceu no carro e diz ter acordado com o veículo estacionado em uma área isolada com o motorista em cima dela. Ela foi estuprada e atacada por mais de 30 minutos, segundo o processo.

Após um grande clamor público na Índia contra a empresa, o Uber classificou o ataque como “um crime abominável” e disse que estava comprometida em trabalhar com a polícia de Nova Deli para fazer justiça no caso.

Mas em um documento publicado nesta segunda, 6/4, em San Francisco, o Uber fez uma distinção entre a Uber Technologies, a empresa principal baseada nos EUA, e a Uber BV, a subsidiária baseada na Holanda que opera o serviço na Índia.

“Esse caso tem tudo a ver com a Índia e a Holanda, e nada a ver com os Estados Unidos”, afirmou.

“O advogado da queixosa escolheu processar apenas a Uber Technologies, que nunca teve nenhuma relação com o Yadav, o suposto criminoso”, disse a empresa. “O único relacionamento contratual de Yadav com qualquer entidade Uber é com a Uber BV, uma empresa holandesa que não faz parte desse processo.”

O Uber, como muitas outras empresas, realiza suas operações internacionais por meio de uma subsidiária na Holanda. A companhia, que costuma alardear a chamada economia de compartilhamento, se beneficia desse arranjo ao reduzir ou evitar impostos em muitos países onde opera.

A Uber B.V. é uma das mais de 100 entidades legais diferentes no mundo que possuem a marca Uber, explica.

O Uber alega que um tribunal da Califórnia não é o lugar certo para se julgar um ataque que aconteceu na Índia entre dois cidadãos indianos.

O processo original pede para o tribunal obrigar o Uber a tomar medidas afirmativas para remediar a suposta conduta e evitar a repetição de ocorrências do tipo.

O Uber disse que as demandas são “não permissíveis, impraticáveis e sem precedentes” e disse que uma determinação do tipo poderia “reescrever as políticas de negócios do Uber no mundo”.

A vítima também pede indenização por danos. Um caso no tribunal contra o Uber na Holanda ou na Índia, caso seja bem sucedido, custaria muito menos ao Uber do que se fosse nos EUA.



PS: Curioso o UBER afirmar que não tem responsabilidade sobre seu motorista... Então, qual a responsabilidade do UBER, somente o lucro? JS




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