domingo, 13 de setembro de 2015

Ezra, o menino de 5 anos morto pela mãe e pelo padrastro e colocado em freezer no Centro de SP


 


Família de menino morto encontrado em freezer viajou para a África do Sul
O corpo foi encontrado na semana passada, no apartamento da família.
Imagens de câmeras de segurança mostram mãe e padrasto no aeroporto.

Jornal Hoje

A polícia de São Paulo investiga a morte de um menino de sete anos, na região central da cidade. O corpo do garoto foi encontrado na semana passada, dentro de um freezer.

A polícia reuniu várias imagens de sistemas de segurança que mostram os últimos passos do menino e da família.

O vídeo mostra o menino saindo do prédio onde morava na tarde do dia 22 de agosto.  Ele cumprimenta um vizinho, sai e volta à noite, sozinho. Segundo a polícia, foi a última vez que Ezra foi visto com vida.

O menino, a mãe, o padrasto e as duas irmãs menores moravam na região central de São Paulo. No andar de baixo, ficava a doçaria da família. Segundo os vizinhos, o casal é sul-africano e estava no Brasil há cerca de seis anos. As meninas nasceram aqui e foi só depois disso que Ezra veio para o Brasil.

No dia 28 de agosto, um freezer da doçaria foi levado para o apartamento da família. Na doçaria fechada, uma placa avisava que o local iria reabrir em sete dias, mas imagens feitas no Aeroporto Internacional de São Paulo mostram que no dia 04 de setembro o casal e as filhas embarcaram para a África do Sul.

No dia seguinte, os vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e chamaram a polícia. O corpo do Ezra estava dentro do freezer, enrolado em lençóis e sacos plásticos.

A polícia começou a investigar e descobriu que a violência contra Ezra já era conhecida pela escola, pelos vizinhos e pelo Conselho Tutelar. No ano passado, os professores do menino perceberam que o menino estava muito machucado e chamaram o Conselho Tutelar.

A conselheira tutelar que atendeu o menino não quis gravar entrevista com câmeras, mas autorizou a gravação da conversa em áudio. Inês Corrêa contou que a violência contra o menino era evidente. “Foi evidenciada que a criança estava machucada. O risco era um risco iminente, então tiramos a criança para um acolhimento, porque a convivência familiar estava difícil. Tinha provocado tudo aquilo”.

O menino foi encaminhado para um abrigo e as conselheiras conversaram com a família. Na época, a mãe disse que "batia no intuito de educar, e não machucar". “Tive contato com os pais. Expliquei muito claramente para eles que eu não sabia o procedimento no país deles, mas no Brasil isso que eles tinham feito era crime e que era por esse motivo que a gente ia acolher a criança. A gente aqui no Brasil não permitia esse tipo de atitude”, conta Inês Corrêa, conselheira tutelar.

Ezra foi encaminhado ao poder judiciário e acabou voltando para casa. Uma amiga da família contou que a mãe reclamava do menino e mostrou uma conversa que teve com a mãe do garoto por celular alguns dias antes do crime. Em um estilo de quem não domina a língua portuguesa muito bem diz que "deus vai pagar, porque os dez mandamentos mandam que os filhos obedeçam os pais”. Em outro trecho, diz que está pensando em mandar o menino de volta para a África.

Um vizinho conta que chegou a ouvir choro várias vezes, mas nunca imaginou o que estava acontecendo. “É coisa de criança, criança chora mesmo. Ele era calmo. Até agora não acredito num negócio desses”, conta Aguinaldo Moraes, vizinho.

Ninguém foi reclamar o corpo do garoto, que ainda está no IML. A polícia informou que entrou em contato com o consulado da África do Sul para liberar o corpo.

Na escola onde ele estudou há um cartaz avisa sobre a missa. A Secretaria de Segurança Pública diz que o casal não foi indiciado pelo crime e que, por isso, não é considerado foragido.




PS: Muito curioso o excesso de zelo em não considerá-los foragidos e que sequer estariam indiciados pelo crime apesar das evidências dantescas... Só falta a polícia e a imprensa pedir perdão por eles haverem assassinado a criança e deixado dentro do freezer antes da fuga para a África do Sul.... Jorge Schweitzer


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