quarta-feira, 20 de abril de 2016

Vídeo: Fabrício Carlos dos Santos Silva, suposto miliciano de 30 anos, com chupeta na boca e traficantes armados na Carobinha, Campo Grande RJ






Vídeo mostra suspeito de pertencer a milícia sendo ameaçado por traficantes de comunidade na Zona Oeste do Rio


Luã Marinatto



Um vídeo que circula nas redes sociais e está sendo investigado pela 35ª DP (Campo Grande) mostra traficantes oriundos da comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, ameaçando um homem suspeito de envolvimento com uma milícia que atua na região. 

Segundo a polícia, Fabrício Carlos dos Santos Silva, de 30 anos, é um dos homens fortes no grupo paramilitar e está desaparecido desde a última terça-feira, quando teria sido capturado pelos criminosos rivais. 

Na internet, as imagens — que também exibem, durante todo o tempo, um bandido armado e encapuzado — chamam a atenção ainda pela semelhança com conteúdos divulgados recorrentemente pelo Estado Islâmico, grupo terrorista baseado na Síria e no Iraque. Fabrício aparece algemado e com uma chupeta na boca.

Com a gravação, também estão sendo compartilhadas fotos que mostrariam o corpo esquartejado de Fabrício. 

A morte do suposto miliciano, contudo, ainda não foi confirmada pela polícia. Em outubro do ano passado, ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. 

Fabrício chegou a passar pouco mais de um mês encarcerado, mas acabou obtendo na Justiça o direito de responder em liberdade. O processo ainda corre na 26ª Vara Criminal.

A disputa por território entre traficantes e milicianos é antiga na Carobinha. No fim de 2015, criminosos da mesma facção que já atuou na comunidade saíram da Vila Vintém, também na Zona Oeste, e fizeram uma investida para tentar retomar a região. 

Desde então, confrontos esporádicos entre os dois grupos têm ocorrido no interior da favela.

No vídeo, além das ofensas e ameaças, Fabrício é obrigado a fazer com as mãos algemadas um símbolo alusivo a essa facção. Uma das várias vozes ao fundo grita que “é a tropa” e avisa: “Nós ‘vai’ voltar, rapá”!




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